quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tecnologia Nas Locomotivas da Vale


A Vale acaba de lançar um projeto inédito no Brasil, o Trem Bicombustível, que prevê a utilização da mistura gás natural e diesel em suas locomotivas. Os testes começaram na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), uma das ferrovias mais produtivas e eficientes do mundo. Nesta fase, serão investidos R$ 2,4 milhões e utilizadas diferentes concentrações de gás, variando entre 50 e 70%. Após os testes, a Vale irá avaliar a possível expansão da utilização do gás na frota de locomotivas da EFVM e Estrada de Ferro Carajás (EFC).

A conversão dos motores das locomotivas para o gás natural permitirá a redução das emissões de CO2 na atmosfera, provenientes da queima de combustíveis. Estima-se que, com o uso futuro de gás nas locomotivas das ferrovias EFVM e EFC, deixarão de ser emitidas 73 mil toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera por ano. Este número corresponde ao sequestro de CO2 do reflorestamento de mais de 155 hectares de mata nativa e equivale, também, à emissão de uma cidade não industrializada de aproximadamente 9 mil habitantes.

Com a utilização de gás natural nas locomotivas, a Vale vai evitar uma quantidade de CO2 superior ao que deixou de ser emitido por toda a empresa com o uso das misturas de biodiesel B2 e B3 (71 mil toneladas) em 2008, em locomotivas, caminhões fora-de-estrada e na geração elétrica. Em janeiro de 2007, a Vale antecipou-se à Lei Federal 11.907/05 e passou a utilizar o B2 (mistura 2% de biodiesel e 98% de diesel comum). Em julho de 2008, substituiu o B2 pelo B3 (3% biodiesel e 97% diesel comum).
A primeira viagem do trem verde pioneiro no país foi feita em dezembro de 2008. O motor de uma locomotiva modelo BB36 foi convertido para gás natural e a composição circulou com 168 vagões na malha da EFVM.

Os investimentos da Vale nos novos motores a gás natural estão alinhados à estratégia da empresa de investir no mercado de gás, por meio da aquisição de participações em blocos exploratórios, ampliando seu consumo e as opções de geração energética. Desde 2007, a Vale investe em participações em consórcios para exploração de gás natural nas bacias sedimentares brasileiras. A empresa já construiu um portfólio composto por 17 blocos. Em novembro de 2008, a Vale adquiriu a Petroleum Geoscience Technology (PGT), empresa especializada em exploração e produção de petróleo e gás.

Tecnologia

Além dos motores a gás, mais uma tecnologia será implantada nos trens: os freios eletropneumáticos (ECP). Eles são dispositivos que facilitam o controle de velocidade e a rápida atuação dos freios em todos os vagões de uma composição, possibilitando ao operador melhor controle do trem. Os freios eletropneumáticos contribuem diretamente para ganhos de eficiência energética, garantindo economia de cerca de 5% no consumo de combustível.

Fonte: http://www.novaeraonline.net/15201.html

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